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41º Festival de Almada

Entre 4 e 18 de julho, o Festival de Almada está de volta.

A esta 41.ª edição acorrem alguns dos criadores que marcaram as artes de palco nas últimas décadas, bem como um conjunto de artistas e companhias, portugueses e estrangeiros, que determinam a criação contemporânea.

Dezanove espetáculos de teatro, dança, música, malabarismo e cabaret decorrem em oito palcos de Almada e Lisboa: Teatro Municipal Joaquim Benite, Centro Cultural de Belém, Escola D. António da Costa, Fórum Romeu Correia, Incrível Almadense e Academia Almadense. As criações de Eduardo De Filippo, Peter Stein, Robert Wilson e Lucinda Childs delinearam, em épocas distintas, os caminhos do teatro e da dança que ainda hoje percorremos: nesta edição poderemos assistir a diferentes exemplos das correntes cénicas relacionadas com estes criadores.

Olivier Py, que dirigiu entre 2013 e 2022 o Festival d’Avignon, traz-nos um cabaret no qual incarna de novo o seu alter ego das últimas três décadas, Miss Knife, com canções da sua autoria.

Do mítico teatro de Peter Brook – o Bouffes du Nord – chega-nos um espetáculo de Samuel Achache baseado nos Lieder de Schumann.

E é também a música – a célebre ópera Orfeu e Eurídice, de Gluck – que inspira a peça com que a jovem encenadora Jeanne Desobeaux encerra esta edição do Festival, a 18 de Julho.

O coreógrafo sérvio Josef Nadj regressa a Almada com o mesmo ensemble de bailarinos africanos que apresentou em 2022, desta vez com uma recentíssima criação, que estreia a 24 de Junho em Montpellier.

Pela primeira vez no Festival, Mathilde Monnier apresenta-nos um espetáculo de dança que causou furor em Avignon, e que conta com a participação de Isabel Abreu num elenco inteiramente feminino.

O colectivo inglês Gandini Juggling mistura o malabarismo com o teatro e a dança, trazendo-nos uma ‘carta de amor’ ao célebre coreógrafo norte-americano Merce Cunningham.

O Espetáculo de Honra 2024, votado pelo público no ano passado para regressar nesta edição, é Jogging, pela actriz libanesa Hanane Hajj Ali.

O teatro português está representado por algumas das suas companhias independentes – Companhia de Teatro de Almada, Teatro O Bando, Companhia Olga Roriz, Artistas Unidos, Teatro do Bairro / Ar de Filmes, Causas Comuns –, e por uma geração de criadores mais jovens: as duplas Tiago Rodrigues / Tónan Quito e Inês Barahona / Miguel Fragata; o encenador galego Fran Nuñez; e o encenador e actor Ricardo Simões.

No ano em que se comemoram os 50 anos do 25 de Abril de 1974, o Festival de Almada homenageia A Barraca, uma das companhias históricas do teatro português, e o Museu Nacional do Teatro e da Dança inaugura uma exposição dedicada a estas companhias, que fará itinerância pelo País na segunda metade do ano e no ano que vem.

A Pintora Ilda David, autora da imagem do cartaz desta edição, terá uma exposição no Convento dos Capuchos, e a Companhia de Teatro de Almada inaugura, em colaboração com o Arquivo Ephemera, a terceira de um conjunto de quatro exposições que nesta temporada dedica à Revolução dos Cravos.

O escritor Rui Cardoso Martins é quem dirige a 11.ª edição da formação O sentido dos Mestres, este ano dedicada à dramaturgia.

Haverá um ciclo de dez Colóquios na Esplanada entre alguns dos criadores presentes em Almada e o público do Festival, e Jorge Vaz de Carvalho moderará um seminário dedicado ao tema Criação, ideologia, identidade.

Todos os dias, ao final da tarde, na Esplanada da Escola D. António da Costa haverá concertos de música ao vivo, com entrada livre.

Organização: Câmara Municipal de Almada e Companhia de Teatro de Almada.

Actualizado a 4/07/2024
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