Com Irene Flunser Pimentel, Joana Bértholo, Martim Sousa Tavares e Rui Tavares Moderação de Paulo Farinha.
No ano em que se assinala o centésimo aniversário sobre a morte de Kafka, a pergunta impõe-se: a distopia mora mais perto ou mais longe de nós? As narrativas kafkianas são matéria de livros ou da vida real? “Cem anos depois de Kafka: vivemos em distopia?”
No seguimento da apresentação da ópera “Na Colónia Penal”, o público é convidado a assistir a uma conversa a quatro vozes em que participam dois historiadores especializados no século XX, uma escritora experimentada em distopias e um maestro.
Sobre os oradores
Irene Flunser Pimentel é historiadora e investigadora. Prémio Pessoa em 2007 e Cavaleira da Legião de Honra francesa desde 2015, é licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, mestre em História Contemporânea e doutorada em História Institucional e Política Contemporânea, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e é investigadora do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa. Elaborou diversos estudos sobre o Estado Novo, o período da II Guerra Mundial, a situação das mulheres e a polícia política durante a ditadura de Salazar e Caetano. É autora e co-autora de diversos artigos em revistas de referência e de mais de vinte livros.
Joana Bértholo é escritora e dramaturga. É licenciada em Design de Comunicação na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa e doutorada em Estudos Culturais pela European University Viadrina, na Alemanha. Publicou romances, livros de contos, infantojuvenis e ensaios de não-ficção. Em paralelo à criação literária, escreve regularmente para dança e para teatro.
Martim Sousa Tavares é maestro, comunicador e diretor artístico. Formado em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa e Direção de Orquestra no Conservatorio di Musica di Brescia e Northwestern University, onde se graduou com honras académicas e bolsas Fulbright e Eckstein Foundation, é hoje maestro titular da Orquestra do Algarve e diretor artístico do Festival de Sintra. Em 2019 funda em Idanha-a-Nova a Orquestra Sem Fronteiras, que dirige até hoje e com a qual atuou em mais de uma centena de lugares entre Portugal, Espanha, Brasil e França, tendo vencido em 2022 o Prémio Carlos Magno para a Juventude do Parlamento Europeu. Enquanto comunicador, assinou e apresentou mais de centena e meia de programas entre a televisão, a rádio e em podcast, para além de inúmeras palestras e artigos. Em 2024 publica “Falar Piano e Tocar Francês – Arte, cultura e humanismo na era dos memes”, o seu primeiro livro.
Rui Tavares, natural de Lisboa, passou grande parte da sua infância na Arrifana, no Ribatejo. Licenciou-se em História e História de Arte pela Universidade Nova de Lisboa. É Doutor em História pela École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris, investigador associado no Centro de Estudos Internacionais do ISCTE/IUL e membro integrado do Instituto de Filosofia da Universidade Nova de Lisboa. Para além da sua atividade como historiador, foi cronista do jornal Público durante mais de uma década, e é ensaísta e escritor. Publicou vários livros, sobretudo de não-ficção, sobre temas históricos ou políticos. Iniciou a sua atividade política como deputado no Parlamento Europeu entre 2009 e 2014, onde foi relator para as questões de refugiados e direitos fundamentais. Em 2014, foi um dos fundadores do LIVRE, um partido de esquerda verde europeísta, tendo como pilares fundadores a liberdade, a esquerda, a Europa e a ecologia. Em setembro de 2021 foi eleito vereador da oposição na Câmara Municipal de Lisboa e em janeiro de 2022 foi eleito, pelo LIVRE, deputado à Assembleia da República.
Sobre o Festival
A 58.ª edição do Festival de Sintra volta a apresentar um cartaz fiel ao seu cunho de excelência e ecletismo.
Concertos com solistas de renome internacional, de música de câmara ou com orquestra, numa programação que mantém a aposta no talento nacional e emergente.
Os formatos distintivos que se encontram em Sintra continuam: o público que descobriu o gosto pelas caminhadas-concerto, pelo concerto ao nascer do sol ou pelo duelo de pianistas, é agora convidado a não perder também um concerto nas trevas e outro à meia-noite de lua cheia.
Lado a lado voltam a cruzar-se a ópera, o cinema, a oferta para famílias, as conversas e a música nos mais diversos estilos, tocada por músicos de todo o mundo, em dezenas de palcos e ao longo de dez dias, fazendo desta tão aguardada 58ª edição do Festival de Sintra uma festa para todos os apreciadores da música e das artes.
Programa completo aqui.