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Festival de Sintra 2025

A 59ª edição do Festival de Sintra está aqui, e com ela um cartaz verdadeiramente entusiasmante onde tenho a certeza de que todos os amantes da boa música, da arte e das ideias vivas encontrarão algo que lhes desperte o interesse.

O elogio à natureza continua, manifestando-se nas caminhadas-concerto em que voltamos a saudar o nascer do sol no dia mais longo do ano, com Bruno Pernadas a solo em plena Serra de Sintra, ou a partir da verdejante Quinta Mont Fleuri, onde Tiago Nacarato cantar a partir de uma guitarra a recortar o horizonte.

Também as experiências únicas do nosso Festival voltam a marcar presença, nomeadamente o duelo de pianistas, que este ano junta o norte-americano Dan Tepfer ao luso Daniel Bernardes, e o concerto que começa à luz das velas e termina em total escuridão, na igreja de Santa Maria, com o Libero Ensemble e o contratenor Edu Rojas.

No que aos concertos mais clássicos diz respeito, o rol de grandes nomes que o Festival de Sintra apresenta este ano impõe respeito: Christian Zacharias e o Quarteto de Leipzig, William Christie e Les Arts Florissants, Mario Brunello, Martin Fröst, Nicola Benedetti e mais. Mas um nome brilha mais alto do que todos, e esse nome é o de Maria João Pires.

A mais assinalada pianista portuguesa, intérprete de exceção a nível mundial, regressa ao Festival de Sintra pela 14ª vez, num caminho que se iniciou em 1971, para um recital a solo que promete ser um momento memorável, ao interpretar algum do repertório no qual construiu o seu legado já imortal.

Há ainda espaço para outros concertos que compõem o ramalhete, como o recital de chanson francesa com Katia Ledoux na Adega de Colares, o concerto de tributo a Ryuichi Sakamoto com o ensemble All-Stars do festival Bang on a Can, os espetáculos E as flores?, para famílias, ou Speak Low, seguido de uma mesa-redonda que irá abordar os fenómenos do exílio, êxodo e alteridade do ponto de vista das artes.

A aposta em artistas portugueses mantém-se, com destaque para a Orquestra Municipal de Sintra, a Orquestra do Algarve e o recital de Irene Lima e Marta Menezes, e ainda a projeção de dois filmes: Coda, sobre Sakamoto, e a estreia de um documentário que investiga e celebra a memória do Festival de Sintra, o mais antigo no país, iniciativa que importa sempre celebrar.

E a melhor forma de celebrar o Festival de Sintra é, sem dúvida alguma, fazer parte dele e partilhar connosco os momentos únicos que aqui se vivem. Contamos com todos!

Martim Sousa Tavares
Director Artístico do Festival de Sintra

Actualizado a 12/06/2025
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