“Mono-no-aware (物の哀れ), o ‘pathos das coisas’, é um termo japonês dificilmente traduzível por ‘uma empatia para com as coisas’ ou ‘uma sensibilidade especial para com as coisas efémeras’. Na literatura clássica e poesia japonesa, refere-se ao ideal estético do mono no aware, que implica uma sensibilidade particular de consciência e capacidade de resposta para alguma coisa, um objeto inanimado ou mesmo um ser vivo, ou uma resposta emocional sobre uma pessoa.
Este projeto coreográfico de Rafael Alvarez interpela e convoca diferentes materiais imagéticos e poéticos, partindo deste lugar de memória e evocação, e simultaneamente de aceitação e contemplação do tempo presente e da sua transitoriedade. Um corpo nostálgico que se desequilibra entre dois filtros temporais e duas realidades, o passado, o presente e uma ideia de futuro.
As imagens morrem em palco e são levadas para fora dele? Se um corpo não se dissolvesse, não desaparecesse como nevoeiro, as coisas perderiam o poder de nos mover?”.
Ficha Artística: Direção artística, coreografia e realização plástica: Rafael Alvarez. Cocriação e interpretação: Mariana Tengner Barros, Noeli Kikuchi e Rafael Alvarez. Desenho de luz e direção técnica: Nuno Patinho. Produção e difusão: BODYBUILDERS | Rafael Alvarez. Fotografia: Elisabeth Vieira Alvarez. Design gráfico: Paulo Guerreiro
Coprodução: Festival Transborda/ Casa da Dança – Almada, Festival Citemor, Teatro das Figuras/ Teatro Municipal de Faro, FMK International Dance Festival (Laos)
Apoio à criação: Fundação GDA. Apoio à internacionalização: República Portuguesa – Cultura/ Direção-Geral das Artes