Quando se vê as obras de Sebastião Silva e de Abel Júpiter vem à memória, mais do que a pintura, o pensamento simbolista de Paul Gauguin, nomeadamente quando este criador se refere à pintura como um exercício de memória, mas também quando duvida e se questiona se vê uma determinada paisagem ou se antes visualiza o seu sonho.
Assim quando fruímos a pintura destes dois timorenses importa colocar a questão se o que vemos é o Timor verdadeiro, o Timor que eles sonharam, sonham e sonharão, se o Timor que somos nós sonhamos?
Qualquer que seja a resposta, quando se vê esta exposição, há uma sensação de agrado profundo, já que, de imediato, sabemos que estamos a regressar a Timor e é tão bom voltar a Timor. É tão bom lembrar Timor pelo que foi, pelo que é, pelo que será.
A exposição é visitável até ao dia 8 de dezembro.