Os Três Tristes Tigres nasceram nos idos de 1990, à volta de um gravador de cassetes rasca. Ana Deus, vinda dos BAN, e Regina Guimarães fabricavam informalmente colagens e canções antes da formação que dará origem ao primeiro disco. Os primeiros concertos, no bar Aniki-Bobó, assemelhavam-se a um cabaret pop, entre o poético e o corrosivo. “Partes Sensíveis”, de 1993, será o rasto da primeira configuração dos TTT.
Aprofunda-se então a colaboração entre Ana Deus e Alexandre Soares, um ex-GNR que entretanto se juntara à banda como músico convidado. Com a alteração do som dessa aventura artística nascerão dois álbuns originais – “Guia Espiritual” (1996) e “Comum” (1998) – e uma compilação, “Visita de Estudo”, que contém revisitações, algumas distanciadas, de composições anteriores.
Depois de uma pausa de alguns anos, o grupo reúne-se novamente em 2017, a convite do Teatro Rivoli, no Porto, para tocar o álbum “Guia Espiritual”, que, em 1996, juntamente com o prémio Melhor Grupo Nacional para os TTT, foi considerado Disco do Ano nos prémios do então jornal Blitz.
Em 2020, editam “Mínima luz”, depois de um hiato de 22 anos sem lançar álbuns originais, um disco de rock, contaminado com circuitos eletrónicos, e outros temas mais ambientais.
A banda tem tocado regularmente, enquanto prepara “Atlas”, o novo álbum, com edição prevista para este ano (tendo, entretanto lançado a canção “Animália”, no final de 2023).
Ao vivo, Ana Deus (voz e vídeo) e Alexandre Soares (guitarras) apresentam-se com Eleonor Picas (harpa), Fred Ferreira (bateria e percussão), Miguel Ferreira (teclados) e Rui Martelo (baixo).
Concerto integrado no ciclo Comtradições, organizado pela Câmara Municipal de Setúbal.