Espetáculo-concerto para a infância integrado nas comemorações do 51.º aniversário do 25 de Abril.
«A Bela Adormecida hoje seria salva pelo Super-Homem e viajava para muito longe da Terra numa nave especial». A frase que Agustina Bessa-Luís escreveu em 1998 para um programa da Companhia Nacional de Bailado dá o mote para esta revisitação do conto de Charles Perrault.
O espetáculo-concerto é dirigido e interpretado por Beatriz Brás, que adapta esta mordaz e pouco conhecida narrativa de uma das mais geniais e reconhecidas escritoras portuguesas de todos os tempos.
O espetáculo explora os significados que, mais de 350 anos depois, Agustina Bessa-Luís conferiu ao conto original, explorando o mundo dos sonhos que estaria oculto no sono da imortalmente celebrada princesa adormecida. Em palco, esta obra multidisciplinar desenvolve uma reflexão em torno do modo como, no palco do teatro ou durante o sono, habitamos um mundo sonhado onde ousamos ser quem quisermos. Algo que, se pensarmos bem, pouco ou nada se distingue do significado do que é crescer.
Desenvolvendo-se num espaço onírico, dando livre circulação à ironia e à noção de alteridade, o texto dialoga com a música original de Martim Sousa Tavares, interpretada ao vivo pela Orquestra Sem Fronteiras, e com a projeção de animação e ilustrações de Francisco Lourenço.
Ficha técnica
Interpretação, encenação e adaptação de texto: Beatriz Brás
Criação de imagem: Francisco Lourenço
Composição e direção musical: Martim Sousa Tavares
Interpretação musical: Orquestra Sem Fronteiras – Helena Silva (violino e percussões), Tina Coelho (contrabaixo, baixo elétrico e percussões), Tomás Longo e Francisco Cipriano (vibrafone e percussões)
Direção de cena e operação vídeo: Gonçalo Tavares
Coprodução: Orquestra Sem Fronteiras, LU.CA – Teatro Luís de Camões, Teatro Nacional São João, Cineteatro Louletano, Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e Centro Cultural Raiano
Apoios institucionais: BPI | Fundação La Caixa