Inovação
A AML está a estruturar os pilares do futuro Plano Estratégico de Inovação, para a consolidação da área metropolitana de Lisboa como um território internacionalmente reconhecido pelas suas dinâmicas inovadoras.Projetos e Iniciativas
Consolidar a região como território inovador
A AML, em articulação com os seus municípios e com a Universidade Nova/IMS, está a estruturar os pilares do futuro Plano Estratégico de Inovação para a Área Metropolitana de Lisboa.
Com um enfoque na cooperação e na responsabilidade partilhada, pretende-se criar condições para a disseminação de políticas de inovação pelos dezoito municípios que, de forma abrangente e integrada e, articulando a escala local com a metropolitana, possam responder à questão de como a Área Metropolitana de Lisboa poderá contribuir para os processos de inovação nos municípios e, simultaneamente, como estes poderão contribuir para a inovação da e na região.
Este projeto visa cumprir dois grandes objetivos: a consolidação da área metropolitana de Lisboa como um território internacionalmente reconhecido pelas suas dinâmicas inovadoras, e a aceleração do processo de cooperação entre os dezoito municípios, capacitando-os para modelos de governação mais flexíveis, propícios ao desenvolvimento de projetos e ações numa perspetiva de coesão metropolitana.
A construção da estratégia para a região, através da qual os municípios serão incentivados a procurar novas soluções de cooperação estratégica “win-win”, terá em equação a coesão social e intergeracional, e o potencial do capital simbólico para um vasto conjunto de matérias de alto valor acrescentado, que sejam atrativas para talentos e empresas emergentes, que procurem qualidade de vida, num ambiente informal e acolhedor, propicio à co-criatividade e à geração de ideias.
As soluções a implementar integrarão diferentes dimensões do desenvolvimento e, em coerência com os planos regionais, nacionais e europeus, terão em conta as especificidades de cada concelho, abrindo caminho para uma abordagem em rede e preparando, paralelamente, de forma consistente e integrada, a abordagem metropolitana ao quadro comunitário 2030.
O plano é composto por quatro fases. A primeira, de diagnóstico (já elaborada), a segunda, de plano estratégico (em curso) e, as terceira e quarta, de plano de ação e estratégia de implementação/monitorização (a decorrer no segundo trimestre de 2023).
Indicadores de Inovação
Os dados do último relatório do Global Innovation Index 2023 revelam que Portugal subiu duas posições no ranking de inovação face a 2022 e ocupa atualmente a 30ª posição entre os 132 países em avaliação.
É a nível dos “Outputs Criativos” e do “Capital Humano e Investigação” que se encontra o seu melhor posicionamento (respetivamente, 19ª e 23ª posições no ranking, tendo o primeiro subido seis posições face a 2022 e, não obstante o bom posicionamento do “Capital Humano e Investigação” existiu, contudo, uma descida de uma posição face ao ano anterior, certamente relacionado com a crescente emigração de jovens mais escolarizados e com maior capital social/cultural).
Dos restantes indicadores avaliados, constata-se uma subida, face a 2022, de três pontos para os “Outputs de Tecnologia e Conhecimento” (passou da 35ª para a 32ª posição) e, o valor mais significativo e de especial relevância para as politicas públicas, a subida de doze posições no ranking para o desenvolvimento das “Instituições”, nomeadamente ao nível da eficácia e efetividade dos sistemas de governo, do seu desenvolvimento regulatório e das suas politicas de empreendedorismo, desenvolvimento económico e cultural (passou da 47ª para a 35ª posição).
De referir, ainda, a continuação do indicador “Sofisticação do Mercado” na mesma posição do ano anterior, 42ª no referido ranking.
Estes dados são também confirmados pelo último ranking de Talento Mundial do IMD World Competitiveness Center de 2023, que confirmam uma maior competitividade geral do país, tendo esta subido do 42º para o 39º lugar, numa tabela que analisa a competitividade de 64 nações.
Ver (aqui) o resumo executivo do Índice Global de Inovação 2023.
Existe, pois, um longo caminho a percorrer para que o país, e a AML em particular, se possam posicionar ao nível do plutão da frente, em termos de competitividade e inovação, sendo particularmente problemático, segundo os relatórios referidos, o nosso atraso estrutural na qualidade das Instituições.
E, é nesse esforço coletivo que os municípios têm uma oportunidade estratégica de protagonizar um papel fundamental enquanto agentes promotores do desenvolvimento sustentável e do seu papel de liderança na resposta às necessidades das comunidades.
A promoção do bem-estar e da qualidade de vida em ambiente metropolitano exige, nesse sentido, uma congregação de esforços das organizações, das empresas e dos cidadãos para a promoção do desenvolvimento, competitividade, crescimento e coesão garantindo que, nas quatro grandes transições em curso – digital, circular, energética e demográfica, as populações urbanas, na sua diversidade de condições, não ficam para trás.
As experiências mais recentes de sucesso revelam que, o “gatilho” da força transformadora reside, justamente, na colaboração e na construção coletiva de capital de confiança.