Desenvolver uma alimentação saudável e sustentável
O acordo de parceria entre a AML (Área Metropolitana de Lisboa), A2S (Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Região Saloia), ADREPES (Associação de Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal), e DRAPLVT (Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo), que viabiliza o projeto AML Alimenta, foi aprovado no âmbito do Conselho Metropolitano de Lisboa, numa reunião que decorreu no dia 28 de abril de 2022, na sede da Área Metropolitana de Lisboa.
O projeto, que tem como grandes objetivos contribuir para a aplicação, acompanhamento e avaliação de políticas de desenvolvimento na área da alimentação equilibrada e saudável, surge no âmbito dos trabalhos da Rede de Parques Agroalimentares da AML, recentemente criada, com mais de 20 parceiros (autarquias, agências da administração central, universidades, associações de promotores, cooperativas e ONG), e coordenada pela AML, CCDRLVT e Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
Estão a ser trabalhadas três áreas temáticas: alimentação sustentável, promoção da dieta mediterrânica e diminuição do desperdício alimentar. O valor total do financiamento é de 250 mil euros (candidatura ao PDR 2020).
Recorde-se que a AML já trabalha as questões da sustentabilidade e transição alimentar desde 2019, ano em que elaborou, em conjunto com a CCDRLVT, a Estratégia Regional Lisboa 2030, e identificou como dimensão prioritária a Sustentabilidade Ambiental e Alimentar.
SustentAÇÃO
O Sustentação – AML Alimenta, que decorreu entre outubro de 2023 e fevereiro de 2024, teve como objetivo capacitar e sensibilizar a comunidade escolar da área metropolitana de Lisboa para as temáticas da sustentabilidade alimentar, dieta mediterrânica e combate ao desperdício alimentar.
Foram feitas 25 visitas a 31 escolas de 13 municípios, envolvendo no total cerca de 500 alunos (dos 1º, 2º e 3º ciclos), 80 professores e 80 colaboradores dos refeitórios.
A Área Metropolitana de Lisboa, e os restantes parceiros no projeto, agradecem a dedicação, o envolvimento e a troca de ensinamentos de todos os participantes.

Como pode ser vistos na infografia, os números destacam o nível de satisfação dos envolvidos, a importância do trabalho em equipa e, sobretudo, a importância de escolher uma alimentação saudável e sustentável e reduzir o desperdício de alimentos.
Os Mercados da Área Metropolitana de Lisboa – Estratégia de Valorização da Produção Local e dos Mercados da AML
Apresentação
A estratégia de valorização dos mercados locais da Área Metropolitana de Lisboa, concebida no quadro das atividades do projeto AML Alimenta, foi apresentada em junho de 2024, numa iniciativa que decorreu no Mercado do Livramento, em Setúbal.
A estratégia resulta de um processo alargado de auscultação dos produtores agrícolas que comercializam nos mercados locais e dos gestores desses espaços.
Através da valorização da produção local nos mercados, pretende-se dar maior relevância à dieta Mediterrânica, à alimentação sustentável e ao combate ao desperdício alimentar.
Este trabalho, no seu todo, é uma peça essencial na Estratégia para a Transição Alimentar preconizada para a área metropolitana de Lisboa.
Os objetivos inerentes à estratégia de valorização dos mercados locais, apresentados por Rui Almeida, da CONSULAI, e José Diogo, da A2S – Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Região Saloia, reforçam a importância de destacar e valorizar a produção local, através de ações de promoção e de marketing eficazes, da modernização das estruturas, da diversificação da oferta, do trabalho em rede e da promoção da sustentabilidade ambiental.
Na sessão de abertura, Pedro Pina, vereador da Câmara Municipal de Setúbal, destacou a importância no quadro da área metropolitana de Lisboa, da consolidação dos mercados locais como espaços de boas práticas, e marcos de identidade social, cultural e económica identitários dos territórios.
O presidente da Associação de Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal, Joaquim Carapeto, sublinhou a importância de se colocar os mercados na rota da alimentação saudável e de um maior envolvimento dos jovens.
Rita Barradas, vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, por sua vez, ressaltou a necessidade de promover a alimentação saudável, a rastreabilidade dos produtos e os circuitos curtos entre produtores e consumidores.
O fórum contou ainda com uma mesa-redonda, moderada por Custódia Correia, da Rede Nacional da Política Agrícola Comum, que evidenciou diversas experiências de valorização de mercados locais, como as seguidas no Mercado Municipal Terras de São Pedro (São Pedro do Sul), no Mercado dos Lavradores (Famalicão), nos mercados geridos pelo município de Setúbal, na Rede Regional de Mercados Locais do Algarve, e noutros mercados locais em Portugal e no estrangeiro.
Na sessão de encerramento, Filipe Ferreira, secretário da Área Metropolitana de Lisboa, destacou a inclusão da temática da alimentação na agenda política até 2030, salientando a recente construção da Estratégia para a Transição Alimentar da AML, com o envolvimento de inúmeras entidades, muitas delas também membros da rede Foodlink.
Face à redução substancial dos financiamentos disponíveis na região para o desenvolvimento de projetos, Filipe Ferreira, evidenciou a necessidade de encontrar soluções alternativas de financiamento, por exemplo no âmbito de programas cuja gestão depende diretamente da Comissão Europeia.
Relatório final (sumário)
Área Metropolitana de Lisboa (AML), nos seus 18 municípios, apresenta uma diversidade de mercados locais e feiras que desempenham um papel muito significativo no abastecimento à população de produtos frescos, bem como na dinâmica económica, cultural e social da região.
Ao longo do tempo, estes espaços, que desempenham um papel fundamental na história e identidade dos locais onde se inserem, têm vindo a perder parte da sua afluência e enfrentam atualmente uma série de desafios que ameaçam a sua relevância e sustentabilidade a longo prazo, necessitando de uma intervenção específica para a sua revitalização.
Existem, porém, diversas oportunidades que merecem ser analisadas e que podem trazer melhorias significativas, através da implementação de uma estratégia de valorização assente numa abordagem holística, capaz de aumentar a notoriedade dos mercados locais junto dos consumidores e da população em geral.
Um aspeto muito relevante, que merece ser salientado é a existência de produção local em diversos mercados da AML.
Embora atualmente os mercados locais não apresentem um grande contingente de produtores que ofereçam os seus próprios produtos, a presença destes é um importante fator para a diferenciação destes espaços, atraindo muitos consumidores.
A promoção da produção local ganha assim redobrada importância, incentivando os consumidores a adotarem atitudes mais positivas em relação ao consumo de proximidade e a procurarem modelos alternativos que privilegiem alimentos saudáveis e sustentáveis, provenientes da produção local,
seguindo os princípios da Dieta Mediterrânica e o combate ao desperdício alimentar, apoiando desta forma os objetivos da Estratégia para a Transição Alimentar da AML.
Ações como promoção e marketing eficazes, modernização das estruturas, diversificação da oferta, trabalho em rede e promoção da sustentabilidade ambiental apresentam-se como iniciativas que podem contribuir para revitalizar estes importantes centros de atividade económica, cultural e social na AML.
Veja aqui o documento completo.
Inquérito aos produtores dos mercados da AML
Conheça aqui o resultado dos 142 inquéritos feito aos produtores de 28 mercados da área metropolitana de Lisboa.
Noções de Higiene e Segurança Alimentar (pontos chave necessários para manter a segurança alimentar e as boas práticas de comercialização nos mercados municipais)
A segurança alimentar, desde a produção até ao consumo (Prado ao Prato), é um dos princípios fundamentais da União Europeia. Os requisitos de higiene para a produção primária de vegetais foram estabelecidos em 2004, no Anexo I do Regulamento (CE) nº 852/2004, que entrou em vigor
em 2006.
Apesar dos requisitos legais e institucionais existentes para garantir a segurança alimentar, os mercados municipais precisam superar outros desafios que são frequentemente encontrados.
Esta apresentação pretende descrever os pontos chave necessários para manter a segurança alimentar e as boas práticas de comercialização ao longo desta cadeia de abastecimento.
Veja aqui o documento completo.
Valorização dos Mercados Locais – Guia de Boas Práticas
Um breve guia com boas práticas no domínio do planeamento da utilização de fitofármacos, de cuidados a ter no ponto de venda, que valorizem a produção local e melhorem a apresentação, sobre a importância da identificação da localização das explorações, e higiene e segurança alimentar no campo.
Veja aqui o documento completo.
