Foi perante uma plateia cheia, com cerca de 170 participantes, que os municípios de Loures, Mafra e Vila Franca de Xira apresentaram no dia 4 de junho, na Fábrica, em Camarate, o trabalho que está a ser desenvolvido nos seus territórios, no âmbito do programa Comunidades em Ação – Plano Metropolitano de Apoio às Comunidades Desfavorecidas da Área Metropolitana de Lisboa.
O Encontro Operações Integradas Locais de Loures, Mafra e Vila Franca de Xira contemplou dois momentos distintos: da parte da manhã foi feita uma abordagem global aos projetos e ações que os municípios estão a desenvolver nos seus territórios para as comunidades, tendo sido convidados parceiros de instituições e dirigentes municipais, e da parte da tarde foram efetuadas visitas à Póvoa da Galega, Vialonga e Camarate, para se ver “in loco” o trabalho que está aí a ser desenvolvido.
Na sessão de abertura Ricardo Leão, presidente da Câmara Municipal de Loures, salientou que “a Área Metropolitana de Lisboa andou bem quando desenvolveu e desenhou a estratégia para pôr em prática o programa Comunidades em Ação”, acrescentando que “quem pensa que resolve problemas sozinho, que são problemas coletivos, comuns a todos os concelhos da região, desengane-se, porque eles têm de ser resolvidos numa ótica metropolitana”.
Aldevina Rodrigues, vice-presidente da Câmara Municipal de Mafra, colocou a tónica nas pessoas: “as pessoas são o nosso património mais valioso, e estas operações integradas locais têm vindo a proporcionar a valorização destas comunidades, através de uma abordagem integrada, concertada e síncrona, referiu. A autarca felicitou ainda a AML “pela realização de fóruns de partilha de boas práticas que são importantes pela possibilidade de reflexão e aprendizagem entre os municípios”.
No encerramento da sessão de abertura, Fernando Paulo Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, alertou para o facto do programa Comunidades em Ação nos ter vindo mostrar “algumas coisas que não óbvias no nosso dia-a-dia, nomeadamente, que é possível pensar e trabalhar em conjunto, e que isso permite-nos intervir de uma maneira mais inteligente e mais profunda junto das comunidades”. Rematou, concluindo que as Comunidades em Ação deixaram claro ”que não é possível desenvolver os nossos territórios e as suas comunidades sem trabalhar simultaneamente o que é físico e o que é imaterial”.
De seguida, foi mostrado um filme sobre o trabalho que está a ser feito nas Operações Integradas Locais nos concelhos de Loures, Mafra e Vila Franca de Xira.
Após a projeção do filme, seguiram-se duas mesas-redondas: uma, sobre os projetos que estão em curso nos territórios dos três municípios, com a participação de Valter Pinheiro, do Clube de Futebol Metodologia TOCOF, Sandra Santos, da Santa Casa da Misericórdia da Venda do Pinheiro e Hélder Jerónimo, da Casa do Povo de Vialonga. A moderação esteve a cargo de Pedro Dominguinhos, presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR. A segunda mesa-redonda abordou o pós-PRR, e teve a participação de dirigentes dos três municípios: António Marcelino (Loures), Paula Santos (Mafra) e Júlia Reis (Vila Franca de Xira). Catarina Carvalho, diretora da Mensagem de Lisboa, fez a moderação.
A sessão de encerramento pertenceu a Carlos Humberto de Carvalho, primeiro-secretário da Área Metropolitana de Lisboa, que começou por referir que “somos todos Comunidades em Ação, porque estamos todos a promover ações, iniciativas e obras que visam melhorar a vida das nossas comunidades”.
Deixou, de seguida, alguns alertas: “é necessário dar mais visibilidade ao que está a ser feito a nível local” e “necessitamos de ir mais longe, através de uma agenda metropolitana de inclusão social de combate à pobreza para as próximas décadas, com fontes de financiamento múltiplas e com o envolvimento das comunidades locais que atuem em domínios-chave”. Rematou com um apelo: “vamos todos ajudar a construir uma região mais próspera, coesa, capaz de dar mais qualidade de vida às pessoas, capaz de gerar um dinamismo económico que ajude a desenvolver o país como um todo”.
A parte da tarde foi integralmente preenchida com visitas aos territórios, onde estão a ser materializadas as operações integradas locais: Póvoa da Galega (Gabinete Multidisciplinar Social, Espaço GO, ações de formação, equipa multidisciplinar de saúde e atelier de costura), Vialonga (Escola de Música de Vialonga) e Camarate (apresentação do projeto de construção da Escola Básica nº5 de Camarate e espaço Techari – Associação Nacional e Internacional Cigana).
Fotografias: C.M. Loures /Fernando Zarcos e C.M. Mafra/João Silva