A versão preliminar da Estratégia para a Transição Alimentar na Área Metropolitana de Lisboa está disponível para recolha de contributos dos atores que compõem o sistema alimentar na região.
O envolvimento de todos é indispensável para que se cumpra o objetivo de promover um sistema alimentar saudável, sustentável, inclusivo e resiliente, e o compromisso de agir colaborativamente no contexto de políticas nacionais e europeias.
A Estratégia para a Transição Alimentar é, de uma forma consensual, apontada como uma peça importante no modelo de desenvolvimento regional da área metropolitana de Lisboa, e na consolidação da região como um território mais sustentável e dinâmico.
Está a ser desenvolvida pela Área Metropolitana de Lisboa, com a colaboração da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo e coordenação técnica do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
Estratégia para a Transição Alimentar na AML
A elaboração da Estratégia para a Transição Alimentar seguiu uma abordagem participativa, consubstanciada num plano de que incluiu três sessões plenárias e cinco workshops temáticos, envolvendo um total de cerca de 250 participantes.
Pretende ser o ponto de partida para a definição de uma política alimentar metropolitana, em rede, capaz de estruturar um sistema alimentar sustentável e resiliente. Para a sua implementação propõe-se um modelo de governança, que contou com a identificação de fatores de risco e de conflito, e de uma estrutura de indicadores para a avaliação e monitorização do desempenho do sistema alimentar no decorrer dos próximos sete anos.
Tem aspetos inovadores relativamente a outras estratégias internacionais de planeamento do sistema alimentar: surge na sequência da FoodLink – Rede para a Transição Alimentar na AML, que identificou a necessidade da sua elaboração como prioridade e lhe conferiu uma orientação explícita para a ação, assume uma base territorial e a plena integração em políticas e estratégias regionais e nacionais em vigor e assegura uma dimensão participativa e colaborativa inerente a todas as fases de elaboração.
Deverá, por isso, ser entendida como o ponto de partida de um processo co-evolutivo, em que serão admitidas atualizações da informação, em função da sua produção e disponibilidade, bem como ajustes ao modelo de governança de acordo com os resultados da avaliação e monitorização do processo até à sua plena implementação.
A necessidade de integrar o planeamento do sistema alimentar metropolitano nos instrumentos de ordenamento e gestão do território de âmbito regional e local, e a urgência em aprofundar o conhecimento sobre o sistema alimentar metropolitano, são aspetos relevantes para se conseguir uma maior eficiência da implementação da estratégia e na prossecução dos objetivos da transição alimentar.
Estes e outros compromissos inscrevem-se nas atuais políticas e estratégias de âmbito regional, nomeadamente a Estratégia Regional de Lisboa 2030 e a Estratégia Regional de Especialização Inteligente.
Importância da transição alimentar
A transição alimentar na região metropolitana será o resultado da atuação articulada entre políticas, estratégias e programas e um leque diversificado de entidades, iniciativas e atores que configuram os sistemas alimentares locais, à escala municipal, submunicipal ou intermunicipal.
O objetivo deste trabalho, em articulação, é gerar um impacto positivo na economia, na saúde, no ambiente, na adaptação e mitigação climática e no bem-estar social da região.