O Governo apresentou o projeto “Parque Cidades do Tejo” a autarcas (presidentes dos municípios da área metropolitana de Lisboa e da Câmara Municipal de Benavente), à comissão executiva da AML, e ao conselho de administração da Transportes Metropolitanos de Lisboa, numa reunião que decorreu no dia 28 de março, na sede da Área Metropolitana de Lisboa.
Segundo o governo, o projeto “que pretende transformar o arco ribeirinho numa grande metrópole, em que o rio funciona como elo de ligação dos territórios em vez de os separar”, contempla cerca de 4500 hectares de área de intervenção urbanística e infraestruturas, o equivalente a 55 vezes a zona do Parque das Nações.
Foi mencionado na reunião que o projeto será desenvolvido à volta de quatro eixos – Arco Ribeirinho Sul, Ocean Campus, Aeroporto Humberto Delgado e Cidade Aeroportuária – prevendo-se a requalificação e regeneração de territórios públicos nas margens do Tejo, e promovendo a economia circular, habitação, emprego, reforço das infraestruturas e aumento dos transportes públicos.
Foi ainda referido pelo ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, que “o projeto contempla 1.100.000 m2 destinados a equipamentos e 2.500.000 m2 a atividades económicas, sem ter em conta o espaço da Cidade Aeroportuária”. Pretende-se também, de acordo com o governante, “aumentar a quota modal de transporte público de 24% para 35%, e para isso, será importante o reforço do investimento de mais 3,8 mil milhões de euros – sendo que o apoio ao transporte público e à política tarifária se prevê de 328 milhões de euros/ano”.
A proposta do Parque Cidades Tejo apresentada contempla também espaços habitacionais, de lazer, de investigação e de cultura, como a Ópera Tejo, um Centro de Congressos Internacional e a Cidade Aeroportuária.
Para além do novo aeroporto, estão previstas duas novas travessias do Tejo: a Terceira Travessia do Tejo (TTT) e o túnel Algés-Trafaria.
Para gerir o projeto, está prevista a criação da Sociedade Parque Cidades do Tejo, S.A., uma empresa detida a 100% pelo Estado, gerida num modelo paritário entre o Estado Central e os municípios.

EIXO ARCO RIBEIRINHO SUL (Almada, Seixal e Barreiro)
. 519 hectares de área de intervenção
. 15 km frente de rio
. 8.000 novas habitações, de acordo com PDM vigentes
. Mais 20.000 novas habitações (exercício prospetivo)
. 800.000 m2 de equipamentos
. 2.300.000 m2 destinados ao setor terciário/atividades económicas
. 94.000 empregos gerados
Almada (ex-Estaleiros da Lisnave)
. 58 hectares de área de intervenção
. Habitação
. Comércio e serviços
. Equipamentos públicos de cultura, preservação da memória industrial naval e Ópera Tejo
Barreiro – Ex-Quimiparque
. 214 hectares de área de intervenção
. Habitação
. Comércio e serviços
. Turismo
. Cluster de atividades económicas – indústria naval
. Centro de Congressos Internacional
. Espaços Verdes
Seixal – Ex-Siderurgia Nacional
247 hectares de área de intervenção
. Setor terciário
. Parque Empresarial Ecológico
. Atividades de recreio e lazer
EIXO OCEAN CAMPUS (Oeiras e Lisboa)
. 90 hectares de área de intervenção
. 180.000 m2 para o setor terciário
. 181.000 m2 de equipamentos
. 15.000 empregos gerados
. Parque urbano
. Espaço para grandes eventos
. Cluster de inovação, investigação e desenvolvimento
EIXO AEROPORTO HUMBERTO DELGADO (Lisboa e Loures)
. Mais de 400 hectares de área de intervenção
. 3.600 novas habitações (PDM vigente)
. Mais de 6.200 novas habitações (exercício prospetivo)
. 119.000 m2 de equipamentos
. 559.000 m2 para o setor terciário/atividades económicas
EIXO BENAVENTE-MONTIJO – Cidade Aeroportuária
. Mais de 3.000 hectares de intervenção
. Fica a 30 minutos de Lisboa
. Ligação direta através da ferrovia de alta velocidade e das principais rodovias para Norte e Sul
. Nova cidade aeroportuária
. Ciência e indústria náutica
INFRAESTRUTURAS E MOBILIDADE: Expansão das redes de transportes públicos
Metro de Lisboa
. Mais 30 km de linhas
. Mais 35 estações
. 1.524 milhões de investimento em curso
. 31.000 toneladas/ano CO2 reduzido
. 46 milhões de novos pax/ano
LIOS – Linha Intermodal Sustentável
. LIOS Ocidental
. LIOS Oriental
. Mais 24 km de linhas
. Mais 37 estações
. Cerca de 490 milhões (referência indicativa do investimento)
SATUO
(Fase pré-concursal)
. Mais 9 km de linhas
. Mais 14 estações
. 112 milhões de investimento
Metro Sul do Tejo
. Lado Poente
. Lado Nascente
. Mais 50 Km de linhas
. 350 milhões de euros (investimento lado Poente)
Transtejo Soflusa
. Novas rotas e novos terminais
. 96 milhões para navios e sistemas de carregamento
. 14 milhões para renovação de terminais e estações
Linha de Alta Velocidade Lisboa-Madrid
(Fase 2 – Lisboa > Évora)
. 2.800 milhões de investimento
Duas novas travessias do Tejo
. 3.000 milhões de investimento na TTT Chelas Barreiro
. 1.500 milhões de investimento no Túnel Algés-Trafaria