Facebook Linked In Whatsapp Mais opções
imagem de destaque

Implementar a transição alimentar na região e assegurar que 15% dos alimentos consumidos sejam aqui produzidos

Sessenta participantes, em representação de dezenas de entidades e instituições, estiveram presentes ontem, 20 de março, na sede da Área Metropolitana de Lisboa para assistir à apresentação da estratégia para a transição alimentar na área metropolitana de Lisboa.

A apresentação decorreu na Sala Metropolitana, entre as 11h00 e as 13h00, e serviu para promover a Estratégia para a Transição Alimentar da região, num evento que foi, acima de tudo, uma oportunidade para se trocarem ideias sobre a importância estratégica do planeamento do sistema alimentar para o desenvolvimento da região.

Representantes de múltiplos setores, uniram-se pela convicção de que a alimentação tem de ser vista e tratada de uma forma sistémica e organizada, para o bem comum de todas as pessoas que habitam na área metropolitana de Lisboa.

O programa teve três momentos principais: a apresentação da Estratégia para a Transição Alimentar na AML, uma conversa à volta da mesa com alguns dos parceiros que ajudaram a construir a estratégia e uma degustação de sabores da região.

A estratégia foi apresentada por Emanuel Costa, secretário metropolitano da Área Metropolitana de Lisboa, e Rosário Oliveira, investigadora do Instituto de Ciência Sociais da Universidade de Lisboa.

Seguiu-se uma conversa à volta da mesa com alguns dos atores e parceiros locais e regionais, que deram importantes contributos para a construção desta estratégia.

Participaram Márcia Mendes e Natália Henriques, respetivamente diretoras executivas da A2S – Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Região Saloia e da ADREPES – Associação de Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal, que abordaram a importância das lógicas de proximidade, de coesão territorial e de inovação, em metodologias participativas com o envolvimento dos atores locais.

João Tiago Carapau, Diretor-Geral Corporativo do Grupo SIMAB, que detém o MARL – Mercado Abastecedor da Região de Lisboa, elucidou-nos sobre a importância dos mercados abastecedores na qualidade dos circuitos alimentares e relevância da sua dimensão económica no setor da alimentação.

A conversa à volta da mesa contou ainda com um dos mais conceituados chefs de Portugal, Vítor Adão, do restaurante Plano, que reforçou a importância do respeito pela terra, pela origem e sazonalidade dos produtos e pelas tradições na nossa cozinha, e com Diana Teixeira, professora universitária na Nova Medical School, e também investigadora e nutricionista, que nos falou da importância da ciência, nutrição e saúde no processo de transição alimentar.

Na conversa à volta da mesa, participaram ainda João Dias, administrador executivo da empresa intermunicipal Tratolixo, que falou sobre a importância da reciclagem e do tratamento e valorização de biorresíduos, e Helena Real, secretária-geral da Associação Portuguesa de Nutrição, que abordou a importância do desenvolvimento de ações de sensibilização sobre alimentação saudável junto de toda a população.

A conversa terminou com as intervenções de Carlos Pina, diretor da Unidade de Ordenamento de Território da CCDR-LVT, que reforçou a importância do planeamento dos sistemas alimentares no modelo de ordenamento e desenvolvimento territorial e de Carlos Humberto de Carvalho, primeiro-secretário da AML, que fez uma breve síntese da importância da estratégia de transição alimentar para o futuro da região.

No final da iniciativa, os participantes degustaram alguns produtos típicos da região, reforçando o compromisso de assegurar que, até 2030,

cerca de 15% dos produtos consumidos na AML, sejam provenientes de produção local, tendo por base modos de produção sustentáveis, soluções inovadoras, redes de distribuição de baixo carbono e circuitos alimentares de proximidade.

Actualizado a 21/03/2025
To top