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Jornadas navegante® 2025 debateram o presente e o futuro da mobilidade

As Jornadas navegante® 2025 encheram o Teatro Thalia, em Lisboa, no dia 1 de abril, para celebrar o sexto aniversário do lançamento do sistema tarifário navegante® e propor uma reflexão sobre políticas públicas de transporte coletivo na área metropolitana de Lisboa, nomeadamente projetos de expansão e melhoria dos serviços e infraestruturas.

Sob o mote “Mobilidade: um direito de todos”, a segunda edição deste evento, organizado pela Área Metropolitana de Lisboa e TML – Transportes Metropolitanos de Lisboa, contou com a presença de Cristina Pinto Dias, secretária de estado da Mobilidade, que saiu do evento com a promessa de levar deste encontro “muito trabalho de casa, mas também muita motivação”.

Basílio Horta, presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa, impossibilitado de estar presente, juntou-se à apresentação das Jornadas com a gravação de uma mensagem de boas-vindas, onde realçou que a “TML é um caso de sucesso e é hoje imprescindível na mobilidade na área metropolitana de Lisboa”.

Carlos Humberto Carvalho, primeiro-secretário Metropolitano da Área Metropolitana de Lisboa, encerrou a sessão, dando os parabéns a todos os que utilizam os transportes públicos, reforçando que o direito das pessoas à mobilidade está associado ao conceito de liberdade: “a mobilidade é um compromisso importante, para que a AML seja, cada vez mais, uma cidade-região, como são as principais capitais europeias”.

Os dois momentos de debate, com moderação de Ana Patrícia Carvalho e antecedidos de apresentações de Faustino Gomes, presidente do conselho de administração da TML, e Rui Lopo, administrador da TML, versaram sobre “Planeamento das Infraestruturas Metropolitanas”, no primeiro painel, e “Políticas Públicas Metropolitanas”, no segundo.

Mobilidade tem uma lógica metropolitana

Na introdução ao primeiro painel, Faustino Gomes apresentou o trabalho do Plano Metropolitano de Mobilidade Urbana Sustentável da região, realçando a importância do “M” de metropolitano, justificando que temos de nos centrar numa lógica metropolitana, “sem fronteiras e a trabalharmos todos para o mesmo bem”.

Neste âmbito, juntaram-se à reflexão os presidentes da Câmara Municipal de Amadora, Sesimbra, Vila Franca de Xira e o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Cascais.

Vítor Ferreira, autarca da Amadora, recordou a importância da construção do traçado da ligação de Algés à Reboleira, “há 23 anos à espera”.

Nuno Piteira Lopes, vice-presidente da autarquia de Cascais, referiu a necessidade da tomada de decisões em relação ao projeto do corredor de transportes na A5.

Francisco Jesus, presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, realçou a urgência da existência de uma ligação rápida de transportes públicos de Sesimbra a Lisboa.

Fernando Paulo Ferreira, autarca de Vila Franca de Xira, reforçou a importância de planear o ordenamento do território em função do que são as necessidades de mobilidade das pessoas na área metropolitana de Lisboa.

Trazer mais passageiros para os transportes públicos

A abrir o segundo painel de debate, Rui Lopo traçou a evolução muito positiva do número de utilizadores das marcas Carris Metropolitana e navegante®. Para este bom desempenho, muito terão contribuído os desenvolvimentos tecnológicos como as aplicações da Carris Metropolitana, do navegante® e do navegante® empresas, e a chegada para breve do cartão navegante® digital, o navegante® Mobile.

Hoje a Carris Metropolitana transporta mais de 700 mil passageiros por dia e, no ano de 2024, foram transportados cerca de 174 milhões, que corresponde a um crescimento de 24%.

No debate, os presidentes dos municípios de Almada, Mafra, Montijo e Setúbal foram unânimes no reconhecimento do papel revolucionário do navegante® na vida dos seus munícipes e na importância da introdução da operação Carris Metropolitana.

Inês de Medeiros, autarca de Almada, afirmou que, “em termos de políticas públicas de transporte, já demos um passo de gigante”, mas que também há ainda muito trabalho a fazer: “Planeamento, continuidade, coerência e investimento são fundamentais”.

Hugo Moreira, edil de Mafra, acrescentou ainda “a pontualidade e a confiança” a esta equação, reforçando a necessidade adicional de transporte público num concelho que duplicou e rejuvenesceu a sua população.

Já Maria Clara Silva, presidente da autarquia do Montijo, apontou como maior necessidade de transporte no seu município a travessia do Tejo, acrescentando que “há que diagnosticar as necessidades e aplicá-las no terreno, com uma maior articulação dos transportes”.

André Martins, autarca de Setúbal, apontou ainda a necessidade de olhar para o território da região de forma mais articulada, para  que as pessoas precisem de recorrer menos aos transportes, e idealizou um futuro onde a TML deverá coordenar todos os transportes públicos da região.

O evento, transmitido via streaming pode ser visto aqui.

Actualizado a 4/04/2025
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