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Seminário junta 120 participantes no Seixal para mostrar o que está a ser feito para as comunidades da AML

Cerca de 120 participantes estiveram reunidos no seminário anual Comunidades em Ação, promovido pela Área Metropolitana de Lisboa, em parceria com a Câmara Municipal do Seixal, para ficarem a conhecer o que está a ser desenvolvido para as comunidades da região, nos domínios do ambiente urbano, da cidadania, e do emprego e economia local.

O seminário, que se realizou no dia 26 de outubro, nos serviços centrais do município do Seixal, serviu para os representantes dos municípios de Lisboa, Odivelas, Oeiras, Seixal, Setúbal e Sintra mostrarem uma parte dos projetos que estão a ser desenvolvidos nos respetivos territórios, no âmbito do Plano Metropolitano de Apoio às Comunidades Desfavorecidas da Área Metropolitana de Lisboa, inserido nas respostas sociais do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência.

Na sessão de abertura, Paulo Silva, deu as boas-vindas aos participantes, mostrando a sua satisfação em receber um seminário que personifica não só “uma oportunidade de partilhar os avanços e os desafios dos projetos que estão no terreno”, mas ainda “um espaço essencial de reflexão e cooperação entre os municípios da Área Metropolitana de Lisboa”.

Realçou ainda o empenho dos 18 municípios da AML na “criação de operações integradas para melhorar as condições de vida das comunidades mais vulneráveis”, assegurando que “as soluções são pensadas com e para as comunidades, envolvendo-as na construção do seu próprio futuro”.

Terminou a sua intervenção com um desejo: “ao unirmos forças e ao trabalharmos em cooperação, seremos capazes de ultrapassar estes desafios”.

Ainda na sessão de abertura do seminário, o presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa, Basílio Horta, começou por referir a importância do Programa Comunidades em Ação, porque “uma sociedade desequilibrada, onde a inclusão não existe, é uma sociedade imperfeita e é uma ameaça à paz, e criar essa sociedade coesa, equilibrada e justa é um grande objetivo que os políticos devem sempre procurar alcançar”.

Há, por isso, um caminho a percorrer: “nos projetos que estão a ser desenvolvidos na área metropolitana de Lisboa sente-se bem a responsabilidade e a importância das autarquias locais para a população”, que trabalham de uma forma integrada com muitas instituições.

O presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa rematou com um apelo: “é necessário que as autarquias confiem na AML, que se juntem e fortaleçam a AML, porque o fortalecimento da AML é o fortalecimento de cada um dos municípios que a compõem”.

Seguiu-se uma animada mesa-redonda e um debate sobre emprego e economia local, com a participação de Rogério Roque Amaro, professor do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, Hugo Moreira Luís, presidente da Câmara Municipal de Mafra, e José Paulo Luís, diretor do Centro de Emprego e Formação Profissional de Setúbal, com a moderação de Paulo Madruga, da Ernst & Young.

A manhã terminou com a apresentação de projetos relacionados com emprego e economia local que os municípios de Lisboa, Setúbal e Sintra estão a desenvolver nos seus territórios.

O painel, moderado por Isabel Espada, da Área Metropolitana de Lisboa, teve a participação de Irina Chaves, psicóloga na Associação Portuguesa de Emprego Apoiado, Vanessa Amorim, técnica responsável pelas Oficinas Colaborativas na Comunidade de Setúbal e Frederico Cruzeiro Costa, presidente da Agência de Empreendedores Sociais.

Depois de uma pausa para almoço, e de uma demonstração musical por elementos da Orquestra Ligeira Horizonte, seguiu-se a segunda mesa-redonda do seminário, sobre ambiente urbano e cidadania, com a participação de João Rafael Santos, professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, Inês de Medeiros, presidente da Câmara Municipal de Almada, e Rita Zina, diretora de Serviço do Ordenamento do Território da Direção-geral do Território, com a moderação de Sérgio Barroso, consultor da AML.

Realizou-se, de seguida, um painel onde foram apresentados alguns programas, medidas e projetos que os municípios de Odivelas, Oeiras e Seixal estão a fazer nas áreas de ambiente urbano e cidadania.

Participaram Pedro Martins, dirigente da Câmara Municipal de Odivelas, Filipa Marrecas Ferreira, diretora na Câmara Municipal de Oeiras, e Nuno Carvalho, em representação da Rato – Associação para a Divulgação Cultural e Científica. A moderação esteve a cargo de Sofia Figueiredo, da Área Metropolitana de Lisboa.

Na sessão de encerramento, Fernando Alfaiate, presidente da Estrutura de Missão Recuperar Portugal, destacou a importância deste investimento no âmbito do PRR, “que representa um valor substancial no ponto de vista da melhoria das condições de vida das comunidades, dos bairros e das pessoas desfavorecidas”.

Continuou a realçar que o programa Comunidades em Ação “deve ser evidenciado e reconhecido pela Comissão Europeia”, e que o PRR “tem com uma das suas prioridades fomentar o desenvolvimento inclusivo, sustentável e resiliente das pessoas que formam estas comunidades e é, por isso, uma oportunidade de transformar a nossa sociedade”.

Fernando Alfaiate rematou a intervenção, referindo que Portugal tem já desenvolvido metade do caminho no que concerne à apresentação de pedidos de pagamento junto da Comissão Europeia: “nesta fase já foram transferidos para Portugal, 51% dos fundos do PRR”.

Carlos Humberto de Carvalho, primeiro-secretário da Área Metropolitana de Lisboa, encerrou o seminário, começando por agradecer a cooperação do Município do Seixal, e o esforço e a resiliência de todos os trabalhadores dos municípios e da AML, salientando a importância do trabalho que está a ser feito na região para o desenvolvimento do país e das suas gentes. Até porque, como referiu, “nas regiões metropolitanas de Lisboa e do Porto encontram-se 55% dos beneficiários do rendimento social de inserção do país, e 60% das famílias a viver em habitações com condições indignas”.

Terminou, salientando ainda o que considera o aspeto mais significativo do combate às desigualdades, e pela inclusão social: “têm de ser encontradas soluções para uma década, e não programas aos soluços, e deve ser reforçada a coordenação entre os vários patamares do poder e desencadeado um planeamento estratégico de intervenções integradas, mais focadas em territórios e bairros carenciados”. O próximo encontro das Comunidades em Ação realiza-se no primeiro trimestre de 2025, em Sintra.

Actualizado a 28/11/2024
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