A Área Metropolitana de Lisboa promoveu a segunda sessão de capacitação sobre o Plano Metropolitano de Apoio às Comunidades Desfavorecidas, para dezenas de técnicos e dirigentes dos seus 18 municípios.
A sessão, realizada no dia 15 de fevereiro, foi dedicada à conceptualização e desenho de abordagens integradas, e contou com uma comunicação de João Ferrão, investigador coordenador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
O ex-secretário de estado do Ordenamento do Território e das Cidades, apresentou cinco fatores de sucesso para estruturar uma boa candidatura: a fase de preparação, a definição de um bom ponto de partida, a qualidade das parcerias estabelecidas, a garantia de um processo adequado de desenvolvimento da intervenção, e a definição de processos de consolidação de emancipação das comunidades.
No encerramento dos trabalhos, o primeiro-secretário metropolitano, Carlos Humberto de Carvalho, reforçou a sua convicção de que “no final destas sessões estaremos todos mais capacitados para dar as respostas adequadas a estas comunidades, que precisam que cada um de nós dê o seu melhor”.
No dia 9 de fevereiro tinha sido realizada a primeira destas duas sessões, dedicada à operacionalização e boas práticas das abordagens integradas, com comunicações de António Guterres (coordenador da Fundação Aga Khan e consultor em política territorial e de cidades), Augusto Sousa (psicólogo e ex-diretor técnico da Rumo, membro da direção executiva da EUSE e presidente da direção da Associação Portuguesa de Emprego Apoiado), Inês Andrade (fundadora da Associação Renovar a Mouraria) e Maria João Feitas (socióloga, e investigadora no Laboratório Nacional de Engenharia Civil).
Recorde-se que o Plano Metropolitano de Apoio às Comunidades Desfavorecidas para a Área Metropolitana de Lisboa, será desenvolvido no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, acordado entre o Estado Português e a União Europeia, integrado na componente três de respostas sociais.
Com um investimento de 121,5 milhões de euros, a aplicar entre 1 de janeiro de 2022 e 31 de dezembro 2025, pretende-se uma abordagem integrada que permita promover a inclusão social de comunidades desfavorecidas, e que vivem em situação de carência e exclusão.
O Plano Metropolitano de Apoio às Comunidades Desfavorecidas prevê atuar nos territórios de cada um dos 18 municípios através de abordagens integradas, concertadas e síncronas, que envolvam os atores locais e setoriais (nacionais), assegurando-se uma intervenção sobre as múltiplas vulnerabilidades socio territoriais, de acordo com as características, problemas e oportunidades de cada comunidade, identificadas a partir de diagnósticos locais participados.