Numa altura do ano em que as temperaturas começam a subir em todo o país, a Área Metropolitana de Lisboa vai proceder à instalação de 16 micro-sensores de medição meteorológica, para estudar os fenómenos de efeito de ilha de calor urbano, em oito espaços verdes da região.
Esta rede suportará a elaboração de um estudo de potenciais áreas na área metropolitana de Lisboa suscetíveis ao efeito de calor, e permitirá criar metodologias de mitigação dessas ondas de calor, replicáveis ao planeamento da adaptação às alterações climáticas nos 18 municípios da AML.
Possibilitará, igualmente, o desenvolvimento de um modelo de alta resolução espacial sobre variáveis climáticas urbanas que facilitará o entendimento dos fatores associados ao efeito de Ilha de calor urbano. A partir deste entendimento, poderão desenhar-se cenários de soluções baseadas na natureza para melhorar a regulação climática.
Esta é ainda uma forma a proteger a saúde da população da área metropolitana de Lisboa e promover o seu bem-estar e conforto térmico e aumentar a resiliência e capacidade adaptativa na comunidade.
O estudo está a ser elaborado em parceria entre a Área Metropolitana de Lisboa e o Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Climáticas (cE3c) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
O projeto CLIMA.AML – Rede de Monitorização e de Alerta Meteorológico Metropolitano, que dá continuidade ao Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas da Área Metropolitana de Lisboa, está inserido no programa Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono, operado pela Secretaria-Geral do Ambiente e da Ação Climática, e é financiado pelos EEA Grants 2014-2021.
O projeto, que está a ser implementado na área metropolitana de Lisboa desde março de 2021, decorrerá até ao final do primeiro semestre de 2023.