A elaboração de uma estratégia integrada de segurança urbana, a criação de um programa de segurança rodoviária à escala metropolitana, a construção de pontes entre o estado e a administração local na área da proteção civil, e o reforço do dispositivo territorial de efetivos policiais na área metropolitana de Lisboa, foram os quatro principais temas abordados pelo ministro da Administração Interna, José Luis Carneiro, numa reunião com os autarcas da área metropolitana de Lisboa, realizada na tarde do dia 8 de julho, que contou também com as secretárias de estado Patrícia Gaspar (proteção civil) e Isabel Oneto (administração interna), a presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa, Carla Tavares, o primeiro-secretário metropolitano, Carlos Humberto de Carvalho, e o secretário metropolitano, Emanuel Costa.
No âmbito da segurança urbana, as maiores preocupações do Ministério da Administração Interna (MAI) expressas na estratégia integrada para o período 2022-2026, prendam-se com a criminalidade grupal, a delinquência juvenil e a intensidade da violência.
Relativamente à segurança rodoviária, a principal preocupação do MAI é a redução da sinistralidade, no seu todo. O ministro da Administração Interna, deixou ainda em aberto a possibilidade de se estabelecer um protocolo de colaboração com os municípios neste âmbito.
Na área da proteção civil, realçou-se a importância de proteger e reforçar o fornecimento de bens e serviços públicos essenciais (abastecimento de água, serviços energéticos e de comunicações, proteção de bases de dados, etc.).
No que concerne ao dispositivo territorial de efetivos das forças de segurança (GNR e PSP), foi feita uma abordagem global, que contemplou um conjunto de orientações políticas para garantir maior atratividade às forças de segurança ao nível dos apoios sociais. Foram também abordadas questões relacionadas com a dimensão dos meios humanos efetivos e a qualidade das infraestruturas.
Os autarcas presentes, de uma forma transversal, manifestaram preocupação com a falta de efetivos de forças de segurança no território e com as condições de alguns equipamentos operacionais, mas realçaram, também de uma forma unânime, a intenção de reforçar a cooperação estreita com o MAI.
O ministro da Administração Interna mostrou ainda disponibilidade para a criação de grupos de trabalho, com técnicos do ministério e das autarquias, para abordar as questões da prevenção do risco e da segurança.
A presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa, por sua vez, realçou a disponibilidade da Área Metropolitana de Lisboa para trabalhar num Plano Metropolitano de Segurança Rodoviária e em planos intermunicipais de segurança rodoviária.