A alimentação é um dos desafios da sustentabilidade global mais importantes deste século, já traduzido em diversos acordos internacionais que apelam aos governos locais, regionais e nacionais o estabelecimento de compromissos para as próximas décadas.
O pacto alimentar urbano de Milão (ao qual a Área Metropolitana de Lisboa aderiu recentemente) e a Declaração de Glasgow Alimentação e Clima são exemplos da necessidade de estabelecer políticas e estratégias de planeamento alimentar de base local e regional, rumo a uma alimentação saudável, segura, sustentável e justa.
O abastecimento das cidades e das regiões é, por isso, uma prioridade ambiental e económica, que pressupõe uma dimensão estratégica dos sistemas alimentares em linha com a Estratégia do Prado ao Prato (no âmbito do Pacto Ecológico Europeu para a próxima década)
Este novo entendimento pressupõe ampliar o planeamento alimentar de uma base local para escalas mais alargadas, com uma importância central na definição de novos modelos de planeamento e desenvolvimento territorial, rumo à transição alimentar.
Para responder a este conjunto de desafios, foi criada, em 2019, a Rede Metropolitana de Parques Agroalimentares, na área metropolitana de Lisboa, por um conjunto de atores locais, regionais e nacionais, que definiu uma visão estratégica para este sector (no âmbito do Living-lab do Projeto H2020 Robust).
Em 2022, a rede expandiu o seu raio de ação, dando lugar à Foodlink – Rede para a Transição Alimentar na AML, da qual fazem parte cerca de trinta entidades, que representam diversos perfis do sistema alimentar metropolitano.
O presente documento dá a conhecer o enquadramento estratégico da rede, a sua integração na matriz da Estratégia Regional Lisboa 2030, e a importância do setor agroalimentar como pilar da Estratégia de Especialização Inteligente de Lisboa 2030 (RIS3 2030).
Para além de traçar as linhas gerais da transição alimentar na área metropolitana de Lisboa, aborda-se também a visão, os compromissos, os princípios orientadores da Foodlink e os seus três eixos estratégicos (planear o território para a transição alimentar; a transição alimentar como vetor de coesão socio-territorial; e capacitar e educar para a transição alimentar) e respetivos objetivos.
O texto aborda ainda as ações prioritárias a desenvolver no período 2022-2023.
Veja aqui o documento: Versão em português. Versão em inglês.